sábado, fevereiro 06, 2016
O pior pesadelo arrancou-me hoje à feliz alienação duma noite de sono, tantos anos depois nunca esperei que como hoje sentir a falta do toque seda de sua pele, quando as nossas mãos se encontravam. Sentir a sua aura envolvendo me quando nos aproximavamos um do outro ...
Jogo dominó com pedras da calçada
percorro os trilhos nelas deixadas
rumo a um destino por mim desconhecido
escondo-me das gotas das nuvens passageiras
por entre as folhas outonais
percorro os trilhos nelas deixadas
rumo a um destino por mim desconhecido
escondo-me das gotas das nuvens passageiras
por entre as folhas outonais
terça-feira, julho 03, 2007
Manifesto
Reclamo o direito de viver e morrer,
do sofrer e do prazer,
a liberdade de ser eu a escolher.
Escolho um ditador a uma democracia,
prefiro submeter-me à vontade de um
a respeitar os direitos de muitos.
Reservo-me o direito de tudo negar,
pois,
sou livre
de o fazer ....
do sofrer e do prazer,
a liberdade de ser eu a escolher.
Escolho um ditador a uma democracia,
prefiro submeter-me à vontade de um
a respeitar os direitos de muitos.
Reservo-me o direito de tudo negar,
pois,
sou livre
de o fazer ....
sexta-feira, maio 27, 2005
Viagem
Sentindo o teu chamamento
no alísio vento
embarquei no primeiro barco
e deste porto zarpei
às gaivotas encarreguei de o teu nome propagarem
para se de mim esquecerem
a ti possam retornar
a viagem teve seu parto
espero que no fim a lúgubre não me espere.
no alísio vento
embarquei no primeiro barco
e deste porto zarpei
às gaivotas encarreguei de o teu nome propagarem
para se de mim esquecerem
a ti possam retornar
a viagem teve seu parto
espero que no fim a lúgubre não me espere.
terça-feira, março 01, 2005
A espera
A espera
do comboio que não para
das andorinhas que não voltam
do amor que não parte
os insolventes espaços de tempo
que a preenchem
o isolar do mundo por algo
que nunca surge
as imagens diáfonas
de alegrias que não tive
O preencher do momento
para que o vazio não asfixie
a esperança por nós não perdida.
do comboio que não para
das andorinhas que não voltam
do amor que não parte
os insolventes espaços de tempo
que a preenchem
o isolar do mundo por algo
que nunca surge
as imagens diáfonas
de alegrias que não tive
O preencher do momento
para que o vazio não asfixie
a esperança por nós não perdida.
quarta-feira, fevereiro 23, 2005
Esperança
Monstros começam a invadir.
O bréu cobre-os.
Batalhas à partida perdidas iniciam-se
pequenos exercitos de ódios sangentos
saciam-se na ténue esperança
até quando...
O bréu cobre-os.
Batalhas à partida perdidas iniciam-se
pequenos exercitos de ódios sangentos
saciam-se na ténue esperança
até quando...
sexta-feira, fevereiro 18, 2005
Deixei-me levar
Deixei-me levar na corrente
dos rios em tormenta
as cheias prenunciavam-se
o meu corpo balançava-se
o tempo sem termino
em espaços passava
o vento sem rumo
as folhas levava
o sangue com que os seixos me presentearam
gotejava
escuro e ferroso
afundava
Sem fim à vista
o tempo passava
a razão à loucura se transformava
uma alienação doce
da realidade imaginada
Enquanto o corpo mirrava
a vida era sonhada
o destino multiplicava-se
em milhares de possíveis variantes.
dos rios em tormenta
as cheias prenunciavam-se
o meu corpo balançava-se
o tempo sem termino
em espaços passava
o vento sem rumo
as folhas levava
o sangue com que os seixos me presentearam
gotejava
escuro e ferroso
afundava
Sem fim à vista
o tempo passava
a razão à loucura se transformava
uma alienação doce
da realidade imaginada
Enquanto o corpo mirrava
a vida era sonhada
o destino multiplicava-se
em milhares de possíveis variantes.
terça-feira, fevereiro 15, 2005
Agonia
A agonia que este vazio me cria
vazio nunca por ti preenchido
As noites de sonhos de amor
contigo contracenados
Os dias que sem ti
já vivi
Os futuros contigo idealizados
que se transformaram em castelos de cartas
para sempre desmoronados.
É tudo isto que me resta
me corrói,
autofagicamente me devora
em constante consonância
com o movimento dos ponteiros
desses relógios automultiplicadores
que todos os dias
transformam as nossas vidas
nos seus habitats.
vazio nunca por ti preenchido
As noites de sonhos de amor
contigo contracenados
Os dias que sem ti
já vivi
Os futuros contigo idealizados
que se transformaram em castelos de cartas
para sempre desmoronados.
É tudo isto que me resta
me corrói,
autofagicamente me devora
em constante consonância
com o movimento dos ponteiros
desses relógios automultiplicadores
que todos os dias
transformam as nossas vidas
nos seus habitats.
Em ti
A folha que do ramo se desprendeu
e eu vi
O pássaro que aprendeu a voar
e eu vi
A gota que da nuvem se soltou
e eu vi
O remoinho que ontem se formou
e eu vi
Todos me fizeram pensar em ti.
e eu vi
O pássaro que aprendeu a voar
e eu vi
A gota que da nuvem se soltou
e eu vi
O remoinho que ontem se formou
e eu vi
Todos me fizeram pensar em ti.
Menina da Lua
Menina da Lua
Deixa-me a ti me juntar
e viajar na tua falua
e assim percorrer esses mares de alcamias
polvilhados de estrelas e imensas galáxias
para onde navegaríamos para não mais voltar
encalharíamos nesses confins
onde todos os dias nasce um universo
e todos os dias renasceria a minha esperança
de um dia retornar
e voltar a amar.
Deixa-me a ti me juntar
e viajar na tua falua
e assim percorrer esses mares de alcamias
polvilhados de estrelas e imensas galáxias
para onde navegaríamos para não mais voltar
encalharíamos nesses confins
onde todos os dias nasce um universo
e todos os dias renasceria a minha esperança
de um dia retornar
e voltar a amar.