Deixei-me levar
Deixei-me levar na corrente
dos rios em tormenta
as cheias prenunciavam-se
o meu corpo balançava-se
o tempo sem termino
em espaços passava
o vento sem rumo
as folhas levava
o sangue com que os seixos me presentearam
gotejava
escuro e ferroso
afundava
Sem fim à vista
o tempo passava
a razão à loucura se transformava
uma alienação doce
da realidade imaginada
Enquanto o corpo mirrava
a vida era sonhada
o destino multiplicava-se
em milhares de possíveis variantes.
dos rios em tormenta
as cheias prenunciavam-se
o meu corpo balançava-se
o tempo sem termino
em espaços passava
o vento sem rumo
as folhas levava
o sangue com que os seixos me presentearam
gotejava
escuro e ferroso
afundava
Sem fim à vista
o tempo passava
a razão à loucura se transformava
uma alienação doce
da realidade imaginada
Enquanto o corpo mirrava
a vida era sonhada
o destino multiplicava-se
em milhares de possíveis variantes.
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