terça-feira, fevereiro 15, 2005

Agonia

A agonia que este vazio me cria
vazio nunca por ti preenchido
As noites de sonhos de amor
contigo contracenados
Os dias que sem ti
já vivi
Os futuros contigo idealizados
que se transformaram em castelos de cartas
para sempre desmoronados.

É tudo isto que me resta
me corrói,
autofagicamente me devora
em constante consonância
com o movimento dos ponteiros
desses relógios automultiplicadores
que todos os dias
transformam as nossas vidas
nos seus habitats.