segunda-feira, fevereiro 07, 2005

Veneno

A terra que me sustém
há-de-me cobrir
A noite que sempre vem
não mais irá partir
Nesses fins de tempo
o mistério se resolverá
Hei-de finalmente
ser senhor dos mistérios
que em suaves doses
me forçaste a engolir
Mas talvez agora
já nada possam servir
O cianeto que antes não quis
tornou-se num pó de esquecimento
num elixir feliz
que ninguém me fornecerá.