domingo, fevereiro 06, 2005

O fim

A rocha ígnea,
com que presenteei
a minha dor,
transtornou-se em labaredas vivas,
e em processo de autocombustão
dilaceram o meu ventre.
Os nervos que em mim habitam,
são agora, oleodutos em chama
que nos seus percursos sinuosos,
proliferam essa mensagem
por mim conscientemente negada,
mas a bestialidade a que dou corpo,
não se deixa perfidiar
em jogos simples de lógica.
Tudo o que um início tem,
um término obrigatoriamente também tem.
O fim foi convocado!
Nada do que agora existe,
poderá amanhã deixar de inexistir.
espero por ti no final desse túnel carvão.
As trevas serão nosso encontro
do que foi, e não devia ser.